O Livro e a Espada - O Livro e a Espada Vol. 1 - Antoine Rouaud

O Livro e a Espada - O Livro e a Espada Vol. 1 - Antoine Rouaud

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Sinopse

O general Dun-Cadal foi um dos maiores heróis do Império, mas hoje não passa de uma sombra do que foi, embriagando-se no fundo de uma taberna. Traído pelos companheiros e amargurado pelo desaparecimento de seu jovem aprendiz, Dun-Cadal não quer mais saber de política, batalhas, pessoas.É justamente ali, na taberna escura, que a jovem historiadora Viola vai encontrá-lo. Ela procura a Espada do Imperador, uma relíquia desaparecida no caos da revolução que derrubou a monarquia, teoricamente escondida por Dun-Cadal.Viola também espera descobrir quem é o assassino sem rosto que começou a agir na cidade, matando os antigos companheiros do general, que viraram as costas aos seus ideais para aderir à nova República.Graças à moça, o velho guerreiro vai vasculhar as lembranças de uma vida de glória e seus mais terríveis arrependimentos. À medida que ele conta sua história, os fantasmas do passado vêm à tona, reacendendo antigos rancores e a sede de vingança de um homem que se entregou ao caminho da fúria.

Resenha

Um ótimo livro cuja capa foi um desserviço. O Livro e a Espada traz uma versão francesa do caminho do cavaleiro, aqui divido nos caminhos da fúria e da contenção. Um leva à indignidade, ao assassinato, outro leva a honradez, a justiça. Essa dicotomia é uma representação do dilema: Quando a violência é necessária? A história em si é extremamente rica. Seguimos primeiramente como Dun-Cadal, um velho decadente que relembra seus tempos como um bem-sucedido general do extinto Império. Ele também é o responsável pela criação do assassino do Imperador: Loghrid - que decide seguir o caminho da fúria. Seu segundo pupilo, Rã, é um jovem fruto da perfídia e da traição, que deve decidir se seguirá seu destino de vingança - potencialmente, também tomando o mesmo caminho do primeiro. A discussão sobre Destino é representada pelo Liber que seria um livro contendo toda a história do mundo escrita pelos próprios deuses. Outro ponto que permeia a narrativa: somos joguetes ou não? É impossível não relacionar esses e outros pontos da trama com a Revolução Francesa, por exemplo, o Império decadente (a Monarquia Francesa), os conselheiros (a Burguesia), povo das Salinas (os Sans-cullottes). A disputa entre pontos teo e antropocêntricos é um ponto mais que vidente. Todas essas propostas literárias ainda deixam espaço para elementos típicos do capa-e-espada, como amores inatingíveis e lutas violentas. Como uma obra de fantasia medieval, põe no chinelo muitas outras mais populares por aí. Virou um preferido e já aguardo ansiosamente a continuação.