O Mago da Batalha - Conjurador Vol. 3 - Taran Matharu

Poucos autores de livros de fantasia sabem escrever histórias simultaneamente interessantes e convincentes como Tolkien (até agora só conheço ele). Quase sempre são obcecados pela parte "interessante" e acabam criando universos toscos e excessivamente idealizados, como C. S. Lewis e sua Nárnia colorida e cristã e Stephenie Meyer e seus vampiros bonzinhos que brilham no sol. Devo dizer, contudo, que a complexidade do universo de Tolkien é tão grande que beira a chatice... Por beirar a complexidade do mundo real, especialmente nos aspectos históricos e geográficos, e isso tem consequências boas e ruins... As ruins são relativas ao possível tédio causado por tamanho detalhamento, e as boas, mais numerosas, são relativas ao realismo e a uma sensação de que o autor de fato se empenhou ao construir essa realidade, o que instiga o leitor a mergulhar de cabeça junto com ele. Não é a toa que Tolkien é considerado por muitos o maior (e mais imitado) autor de livros de fantasia de todos os tempos... Ele criou um mundo, ele é um deus, e este volume do Senhor dos Anéis é sua Bíblia. Confesso que achei "O Hobbit" mais cativante e divertido, mas este livro é que é realmente revolucionário na forma de contar uma história fantástica, e mostrou o gênio que Tolkien é.