Chove nos Campos de Cachoeira - Dalcídio Jurandir
- Dalcídio Jurandir
- 427 Páginas
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Sinopse
Chove nos campos de Cachoeira foi o primeiro romance escrito por Dalcídio Jurandir e mais tarde se tornou o primeiro volume da série chamada Extremo-Norte. Nele se inicia a saga de Alfredo, personagem principal, ribeirinho de Cachoeira do Arari (Pará), em busca de estudo e uma vida melhor na cidade grande.Concluída a primeira versão em 1929, foram necessários 12 anos até que o livro fosse publicado. Considerado um marco da literatura de seu tempo, em especial modernista, sua publicação veio por meio do Prêmio Vecchi - Dom Casmurro, em júri composto por autores renomados como Jorge Amado e Rachel de Queiroz.Esta é a oitava edição do livro, baseada nas duas edições publicadas em vida (1941 e 1976) e conta com prefácio de Edilson Pantoja, ilustrações de Mael Anhangá, fotografia de capa de Armando Teixeira, revisão de André Fellipe Fernandes e diagramação de Girotto Brito.Trecho do livro:"A chuva cresceu sobre Cachoeira. Ângela correu debaixo da chuva e, na janela, Lucíola, já melhor, se esquece de que a chuva lhe faz mal. Com as chuvas, Salu lê os seus romances com mais gosto e não vem contá-los para Dadá. Os campos enchem. O chalé para Alfredo fica mais distante do colégio, do mundo, de si próprio. Os que vivem no chalé separaram-se, desconheceram-se. Não há mais conversa de Carlos Gomes, nem Bibiano, nem as risadas de João. Nem a calma de D. Amélia. Na saleta, Eutanázio parece ver entrar o caixão que o velho Abade já fez. As águas invadem os campos. O chalé é agora uma ilha."
Resenha
To bem feliz em ter terminado esse livro, fico feliz por ter tido esse primeiro contanto com a literatura paraense. O Dalcídio Jurandir é o um ator tão aclamado mas que passou despercebido por muitos, inclusive por mim.
Muito interessante poder me identificar com as historias que se passavam no interior do Marajó pelo livro, me trouxe uma memória afetiva muito boa do interior dos meus avós. Muitas histórias e expressoes me retomaram a esse lugar!
O livro retrata muito bem a desigualdade social, a luta que muitos cidadãos ainda enfrentam hoje em dia. É absurdo como, mesmo depois de tantos anos de escrito, a história ainda vive e pode ser vista em muitos lugares do Pará, pois a miséria ainda é uma triste realidade.
Ahh e adorei essa edição pois no final tem um dicionário de expressões paraenses que eu nem sabia que existiam, mostrei para meu pai e rendeu boas risadas dele relembrando dessas palavras!
Sinto muito orgulho de morar em um estado tão rico em cultura como o Pará ??