O Primeiro a Morrer no Final - Adam Silvera

O Primeiro a Morrer no Final - Adam Silvera

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Sinopse

Em Os dois morrem no final, obra que já vendeu mais de 100 mil exemplares no Brasil, acompanhamos a história emocionante de Mateo e Rufus, dois jovens que decidem compartilhar seus últimos momentos e viver uma vida inteira em um único dia. Agora, Adam Silvera retorna com maestria ao universo que conquistou fãs no mundo inteiro, em uma trama que se passa sete anos antes do primeiro livro.Na noite de 30 de julho de 2010, as pessoas se reúnem em diversas cidades dos Estados Unidos para a inauguração da Central da Morte, um serviço controverso capaz de informar se seus usuários terão um encontro prematuro com a morte ao longo das próximas 24 horas.Orion Pagan espera há anos que alguém lhe diga quando vai morrer. Só assim ele conseguirá aproveitar um pouco a vida, sem o temor de não saber quando a doença grave que tem no coração o fará partir dessa para a melhor.Receber uma ligação da Central da Morte é a última coisa que Valentino Prince deseja. Após deixar o Arizona e se mudar para Nova York, ele mal pode esperar para viver esse novo capítulo de sua história e realizar seus sonhos.Sob as luzes da Times Square, Orion e Valentino se conhecem, e a conexão entre eles é imediata. Mas, à meia-noite, a primeira ligação da Central da Morte anuncia que um dos dois vai morrer em breve. Embora não saibam como — ou quando — o dia vai terminar, eles só têm uma certeza: querem ficar juntos até o fim.O primeiro a morrer no final é uma história pungente e arrebatadora que narra o impacto indelével que deixamos na vida daqueles que amamos, a fugacidade do tempo e a força dos momentos que nos transformam para sempre.

Resenha

o simples erro dele é não ser “os dois morrem no final” como esperado, eu poderia dizer que minha experiência com “o primeiro a morrer no final” foi simplesmente devastadora e acho que só isso seria o suficiente para convencer uma parcela de potenciais leitores a continuar (o masoquismo literário é um fenômeno curioso) e uma outra, provavelmente tão grande quanto a fugir desta obra como o diabo da cruz. como a maioria bem sabe, adam silvera fez muito bem o seu nome e que nem sequer se dá ao trabalho de se levantar da cama pela manhã sem a perspectiva de fazer pelo menos uma dúzia de leitores chorar antes do meio-dia, mas, para os desavisados que talvez precisem de um toque: não, ele definitivamente não está para brincadeira. com o prequel do seu romance de maior sucesso, adam nos apresenta a uma proposta não muito diferente do primogênito do universo da central de morte, mas, ao mesmo tempo, como diferencial, existem muito mais camadas em torno do romance vivido por orion, um garoto nova-iorquino beijado muito cedo pelo luto e que nunca teve uma perspectiva de vida por conta do seu coração debilitado, e valentino, um recém chegado de phoenix com muita bagagem emocional envolvendo família e identidade, que vê todos os seus grandes sonhos se esvaindo ao se tornar o primeiro terminante da história após receber uma ligação da central de morte. apesar do foco no relacionamento dos dois e do bom desenvolvimento do mesmo, o texto nos entrega muito sobre o universo que conhecemos originalmente com rufus e mateo, explicando melhor alguns mecanismos e pontos de vista enquanto pincela assuntos importantes em torno da grande história de origem prometida pelo autor. falando um pouco da minha opinião pessoal com a obra, não diria que fui arrebatado pelos personagens como aconteceu com rufus e mateo — principalmente mateo. é óbvio que tanto orion e valentino quanto alguns dos secundários são adoráveis e que ganharam um lugar no meu coração, mas imagino que ter passado por tudo o que passei no livro anterior, fez com que eu não sentisse tanta esperança — ela estava lá, mas muito somada a um conformismo —, apesar de torcer para que as coisas fossem diferentes, eu tinha a plena noção de que adam não hesitaria em partir meu coração conforme prometeu que faria logo nas primeiras páginas. imagino que minha experiência seria completamente diferente se esse fosse o meu primeiro contato com o universo, por isso não sei se sou capaz de culpar outra pessoa além de mim mesmo por não ter me permitido uma entrega maior aos sentimentos, porque, falando a verdade, a escrita e a criatividade de adam são inegáveis, é muito interessante ver a forma como ele é capaz envolver os leitores em uma rede de acontecimentos e conexões dentro da história — e também com personagens e trechos de “os dois morrem no final” — a ponto de surpreender conforme ganhamos perspectiva sobre quem é quem e sobre o que essa pessoa significa para o todo. é brilhante ver como, dando um foco muito grande à central de morte e ao seu impacto no mundo, ele tornou a história interessante em muitas de suas ramificações envolvendo personagens secundários inseridos aqui e ali, mesmo os de menor importância. por isso, apesar de ter me questionado muito sobre o que o autor poderia ter trago de inovador para uma “sequência” após nos ensinar sobre amor e luto no primeiro livro de forma tão visceral, eu imagino que tenha conseguido compreender ao terminar o livro: essa história se trata um pouco mais sobre vida e esperança do que sobre morte e perda, ensina muito mais sobre viver enquanto há tempo e sobre criar mudanças que podem transformar nossas vidas em algo mais do que apenas dias que devemos viver. por isso, apesar de ele não ser “os dois morrem no final”, não posso deixar de enxergar este livro como uma obra que merece ser lida! ah, e vale lembrar que existem temas bem sensíveis, como já seria de se esperar, envolvendo luto, violência doméstica, homofobia e etc.