O Mercador de Veneza - William Shakespeare

O Mercador de Veneza - William Shakespeare

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Sinopse

Um jovem pede dinheiro ao mercador local, para que seu amigo obtenha a mão da amada em casamento. Em meio a isso, ele expôe sua carne em garantia de um empréstimo cedido por um agiota, para tal fim.

Resenha

Justiça e vingança Já ouviu alguma vez as pessoas falarem ?O enredo é o mesmo, só muda os atores?? Se sim, sabe que geralmente falamos isso quando temos um problema que frequentemente vemos acontecer com diversas pessoas. Para mim as obras de Shakespeare são incríveis, maravilhosas, inteligentes, sagazes, marcantes e atemporais - e elas o são justamente por causa desse pequeno ?ditado?. Shakespeare escreve para a humanidade e não para um século ou um local. Este livro, ?O Mercador de Veneza?, trata, basicamente, a problemática atribuição de sentido à palavra ?justiça?. Óbvio, que como um bom dramaturgo Inglês, Shakespeare não deixaria de colocar um romance aparentemente impossível e personagens divertidos que vivem aprontando para dar a estória um ar de suavidade. ?Terás mais justiça do que desejas?, essa foi a frase que mais me marcou neste livro, pois o contexto dentro da estória a qual ela foi inserida me fez refletir muito sobre o meu próprio senso de justiça. Porque quantas vezes desejamos a justiça, mas, na realidade desejamos vingança. Quantas vezes dizemos estar sendo justos, quando na verdade estamos agindo em nome do ódio. O judeu Shylock e o mercador Antônio, são os personagens base na construção dessa comédia, que podemos caracterizar como uma comédia dramática. Shylock, que é uma espécie de agiota, movido pela raiva e pelo ódio, trama um plano para se vingar do mercador cristão Antônio. Muitas voltas e reviravoltas acontecem antes de chegar ao clímax, não apenas com os dois personagens principais, mas também com os casais e com os bobos. O que ficou para mim, de toda essa história é: será que somos realmente justos? Será que não tomamos partido? A vingança vale mais do que a justiça? A verdadeira justiça nos satisfaz? Até que ponto a minha justiça cede lugar a vingança? A vingança é um instrumento da justiça?