Um Estranho Numa Terra Estranha - Robert A. Heinlein

Um Estranho Numa Terra Estranha - Robert A. Heinlein

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Sinopse

Editora responsável por publicar grandes clássicos da ficção científica, a Aleph traz de volta ao Brasil Um Estranho Numa Terra Estranha, romance escrito em 1961 pelo premiado autor, Robert Heinlein. Em uma edição inédita, o livro chega ao leitor com nova tradução e prefácio escrito por Neil Gaiman – autor de Sandman e Deuses Americanos – explicando a importância da publicação e a influência em seu trabalho. Vencedor do prêmio Hugo de 1962, Um Estranho Numa Terra Estranha traz a história de Valentine Michael Smith, um humano criado em Marte. Ao ser trazido à Terra, ele entra em contato pela primeira vez com seus iguais e se esforça para entender os costumes, a moral e as regras sociais que definem os estranhos terráqueos. Em meio a diversas barreiras, o homem de Marte se esforça para grokar (termo em marciano, criado pelo autor, com diversos significados, como: beber, sentir, aprender e fazer parte) esse mundo tão alienígena a ele, enquanto procura explicar à humanidade seus próprios conceitos fundamentais, bem como suas concepções de amor e respeito. No romance, o leitor irá se deparar com os mais diversos tópicos de discussão: desde o amor livre, passando por críticas ao consumismo e até às instituições cristãs. A obra é vista como uma afronta ao moralismo e à cultura da época e, graças à sua mensagem de liberdade, tornou-se um manifesto do movimento hippie da década de 1970. É quase inevitável não fazer uma comparação com Tropas Estelares, também escrito por Heinlein. Enquanto Tropas, lançado em 1959, apresenta um viés mais militarista e conservador, Um Estranho Numa Terra Estranha, lançado dois anos depois, chegou ao público repleto de críticas sociais, hedonismo, e uma clara insatisfação com a cultura de sua época. Essas duas obras totalmente distintas, lançadas em um curto período de tempo, demonstram a versatilidade e a genialidade de Heinlein, que, ao lado de Arthur C. Clarke e Isaac Asimov, é considerado um dos maiores autores da ficção científica.

Resenha

Quando entendemos o que é ser "estranho" Uma ficção científica mais preocupada em debater o impacto sócio-psicológico da religião de maneira parodiada, sob diferentes óticas e utilizando de elementos que passam longe do conservadorismo usual da Igreja. A estranheza que sente Valentine Michael Smith, o "estranho", entre seus congêneres é o próprio impacto que sente a pessoa ao olhar ao redor e ver onde a humanidade chegou: uma estrada perdida, sem rumo, num caminho conduzido aos trancos, ao que chamam parcamente de desenvolvimento, numa complexidade sem solução. Com simplicidade e em sintonia com a natureza e seu corpo, Valentine se diferencia de tudo e de todos. É mais do que natural que fosse alvo de amor, ódio, cobiça, inveja, entre outros extremos sentimentos por parte dos humanos. Um dos melhores finais que já vi escrito, capaz de nos fazer indagar que tipo de bicho somos.