A Arte de Amar - Erich m

A Arte de Amar - Erich m

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Sinopse

A Arte de Amar apresenta um desafio aliciante: estamos ainda longe de compreender a radicalidade do amor - o que poderemos fazer para amar verdadeiramente? Esta pergunta é tão fundamental e inovadora para o leitor contemporâneo como o era para os primeiros leitores desta obra, em 1956. Para encontrar a resposta, o conceituado psicanalista Erich Fromm elabora uma reflexão profunda mas acessível sobre as riquezas e os riscos das diversas formas de amor (materno, paterno, filial, fraterno, erótico, romântico, religioso, místico), baseando-se na sua experiência como psicanalista e nas principais tradições religiosas e filosóficas do Ocidente e do Oriente. Traduzido para mais de vinte e oito idiomas e com mais de cinco milhões de exemplares vendidos só nos Estados Unidos, A Arte de Amar é um clássico do século XX, indispensável à compreensão do mundo em que vivemos e do nosso próprio comportamento como indivíduos. Uma leitura que ajudará definitivamente a tomar consciência do desafio que é amar e como a arte de amar poderá realmente transformar o mundo.

Resenha

Amar tem a essência de arte “O caráter ativo do amor torna-se evidente no fato de implicar sempre certos elementos básicos, comuns a todas as formas de amor. São eles: cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento.” O amor é um dos sentimentos humanos mais sublimes. Para além de clichês programados, o amor é fundamento e base das relações humanas, do individuo para consigo mesmo e para com os outros. O filósofo alemão Erich Fromm vem nos mostrar através do seu livro publicado em 1956: “A Arte do Amor”, que sentimento de amor corresponde muito mais uma arte em essência, em transformação, do que propriamente qualquer coisa programada. Para Fromm o amor não é um sentimento em que qualquer um se possa comprazer, sem levar em conta o nível de maturidade que alcançou. Substancialmente há no livro uma espécie de compreensão, o autor não deseja convencer o leitor de que há um amor perfeito, mas que as tentativas de amar estão fadadas a falhar se ele não procurar, como exercício difícil e complexo de desenvolvimento da personalidade própria, do amor por si e da sensatez da doação consciente que é o amor. Fromm aponta o amor como uma forma de orientação produtiva; e o livro tenta mostrar que a satisfação no amor individual não pode ser atingida sem a capacidade de amar ao próximo. Apresentando as diferentes formas de amor, desde o amor materno às relações entre duas pessoas, Erich Fromm pratica um exercício filosófico e sociológico com doses de psicologia emocional, sem cair em clichês. O amor na vida real é muito mais complexo, mas plausível na medida em que você enxergar o ser humano em suas contradições, com uma ideia de respeito, ao espaço, ao tempo, aos desejos, ao momento em que se sente. Esse respeito significa a preocupação de que a outra pessoa cresça e se desenvolva como é, respeito como conceito, assim, implica ausência de exploração, de um ego individual. “Quero que a pessoa amada cresça e se desenvolva por si mesma, por seus próprios modos, e não para o fim de servir-me.” O amor infantil segue o princípio: “Amo porque sou amado”. O amor amadurecido segue o princípio: “Sou amado porque amo”. O amor imaturo diz: “Amo-te porque necessito de ti”. Diz o amor maduro: “Necessito de ti porque te amo”. Amar significa entregar-se sem garantia, dar-se completamente na esperança de que nosso amor produzirá amor na pessoa amada. Amar é um ato de fé, no sentido de crer sem ter garantias. “E quem tiver mesquinha fé terá também mesquinho amor”. Para além da psicologia, o amor é exercício árduo, das pequenas coisas da vida diária, que potencialmente exige paciência e compreensão. Num mundo moderno que condiciona as pessoas a muitos gostos superfulos, o “amor maduro” é uma arte para poucos, rara qualidade de quem tem paciência para construir num mundo que não tem paciência, exceto para destruir. A sociedade capitalista moderna destituiu do homem a capacidade de percepção do verdadeiro amor, construído com esforço. No mundo máquinas e da rapidez as pessoas querem o fácil, aceitam o supérfluo, o superficial, na medida em que tristemente tomam isso como padrão, como amor hedonista. O amor não é isso, necessita uma compreensão do pacote completo de experiências emocionais e pessoais, do ônus e do bônus, da compaixão à doação o amor é um caminho árduo para se pavimentar. A arte de amar é essência que poucos conseguem captar, compreender, exercer, num mundo cada vez mais distante e alheio a esse sentimento sublime. Erich Fromm nos ilumina com uma filosofia simples, porém certeira. Este livro nos apresenta uma “Arte do amor”, para refletirmos sobre a nossa conduta, sobre a nossa essência neste “mundo moderno perdido".