Tanques e Togas - Felipe Recondo
- Felipe Recondo
- 382 Páginas
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Sinopse
Baseado em ampla pesquisa histórica com documentação inédita, o jornalista Felipe Recondo apresenta, em Tanques e togas, o mais completo relato sobre o papel do Supremo Tribunal Federal durante os anos de ditadura.Baseado em ampla pesquisa histórica com documentação inédita, o jornalista Felipe Recondo apresenta, em Tanques e togas, o mais completo relato sobre o papel do Supremo Tribunal Federal durante os anos de ditadura.Tanques e togas é o primeiro livro dedicado exclusivamente ao papel do Supremo Tribunal Federal nos anos de chumbo. Ao estudar um dos momentos mais sombrios da história dessa instituição, o jornalista Felipe Recondo contribui para que se entenda como o frágil Supremo dos primeiros anos da República veio a se transformar no superpoderoso STF dos dias de hoje.O golpe de 1964 recebeu imediatamente o apoio do então presidente do Supremo Tribunal Federal brasileiro, Ribeiro da Costa. Nos anos seguintes, a Constituição foi substituída por atos de exceção e garantias fundamentais foram suspensas, dando lugar a prisões políticas, cassações, tortura, censura, desaparecimentos e mortes.Como garantidores da Constituição, os ministros do Supremo nunca determinaram a abertura de inquéritos para atribuir responsabilidades nem confrontaram abertamente os militares. Poderiam fazê-lo? Estavam dispostos a fazê-lo? Tinham instrumentos ou liberdade para tal? Essas são algumas das questões que Recondo procura responder baseando-se em correspondências, petições, pareceres e acórdãos de julgamento, além dos diários do ministro do Supremo Aliomar Baleeiro.
Resenha
Santos
Nunca conheci um santo em minha vida, e em Tanques e Togas, Felipe Recondo expõe que ele também não os encontrou pesquisando sobre o STF durante os anos de repressão militar. Os Ministros foram, como todos nós, demasiadamente humanos, ambiciosos, covardes, gananciosos, soberbos, extremamente litúrgicos e protocolares, mostrando assim as vicissitudes que a espécie possui como um todo.
Assim como também foram generosos, caridosos e humanos, dentro do possível, em um esquema de concessões e retrações, visando à manutenção do STF funcionando como possível, concedendo os remédios nas situações adversas que se construíram quando as garantias constitucionais caíram.
Com tudo isso, percebo que o jogo institucional é assim, um tanto engraçado e um tanto indispensável, para manutenção e funcionamento do que é a vida política humana, as duas propriedades do ser humano, de ser sagrado e profano, convivendo diretamente com as engrenagens que a espécie inventou para si.