Sobrevivendo no Inferno - Racionais MCs

Sobrevivendo no Inferno - Racionais MCs

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Sinopse

A principal obra do maior grupo de rap do Brasil agora publicada em livro, contundente como sempre e atual como nunca. Leitura obrigatória do vestibular da Unicamp.Na virada para os anos 1990, os Racionais MC's emergiram como um dos mais importantes acontecimentos da cultura brasileira. Incensado pela crítica, o disco Sobrevivendo no inferno vendeu mais de um milhão e meio de cópias.Agora publicados em livro, precedidos por um texto de apresentação e intermeados por fotos clássicas e inéditas, os raps dos Racionais são a imagem mais bem-acabada de uma sociedade que se tornou humanamente inviável, e uma tentativa radical, esteticamente brilhante, de sobreviver a ela."Foi com Sobrevivendo no inferno que a juventude negra e periférica se formou. Por causa deste disco muita gente se graduou em autoestima e não entrou para a faculdade do crime." – Sérgio Vaz"O relato não frio, histórico e real da mentalidade que massacra e exclui no Brasil." – Criolo

Resenha

Faltou Ser Mais Livro. Pouco Aproveitado. O livro é uma reprodução das músicas do álbum, conta com uma introdução acadêmica e algumas fotos. Eu resolvi ler mais por experiência e por gostar das músicas do grupo, apesar de que sobrevivendo no inferno não é meu álbum favorito dos Racionais, prefiro o disco posterior "Nada como um dia após outro dia". Lendo dar pra perceber melhor a história contada em algumas músicas e foi interessante, mas não acho algo grandioso, pois como eu falei nem é o meu favorito, mas vale a pena dá uma lida se você gosta de racionais. Poderia ser melhor se cada música ou algumas delas tivessem comentários, a análise inicial foi muito boa e gostaria que tivesse mais dela pulverizada depois do fim das músicas. "Amanheceu com sol, dois de outubro Tudo funcionando, limpeza, jumbo De madrugada eu senti um calafrio Não era do vento, não era do frio Acerto de conta tem quase todo dia Ia ter outro logo mais, hã, eu sabia Lealdade é o que todo preso tenta Conseguir a paz de forma violenta Se um salafrário sacanear alguém Leva ponto na cara igual Frankenstein" "Morte aqui é natural, é comum de se ver Baralho! Não quero ter que achar normal Ver um mano meu coberto com jornal É mal, cotidiano suicida Quem entra tem passagem só pra ida Me diga, me diga" "Lamentos no corredor, na cela, no pátio Ao redor do campo, em todos os cantos Mas eu conheço o sistema, meu irmão Aqui não tem santo Ratatatá, preciso evitar Que um safado faça minha mãe chorar Minha palavra de honra me protege Pra viver no país das calças bege Tic, tac, ainda é nove e quarenta O relógio na cadeia anda em câmera lenta" "Não me diga que está tudo bem Muita pobreza, estoura a violência Nossa raça está morrendo mais cedo A verdade seja dita" "Ratatatá, mais um metrô vai passar Com gente de bem, apressada, católica Lendo jornal, satisfeita, hipócrita Com raiva por dentro, a caminho do centro Olhando pra cá, curiosos, é lógico Não, não é, não, não é o zoológico"