A Semente do Diabo - Dean Koontz
- Dean Koontz
- 153 Páginas
Avaliações: 0
Sinopse
Cansada da vida, desencantada pelo casamento frustrado, traumatizada pelo divórcio, Susan prefere isolar-se para sempre. Uma casa super equipada, comandada por um computador, eis um refúgio inexpugnável. Mas será mesmo inexpugnável?
Ao lado da supercasa de Susan está o campus de uma universidade americana, onde vivem e trabalham alunos, professores, funcionários e… Proteus, o mais avançado computador do mundo.
Este romance leva-nos a um tempo terrível, que talvez não esteja tão distante de nós como gostaríamos. Um tempo em que o homem renuncia à sua própria soberania no reino da criação, em favor da máquina. E é cada vez mais escravizado por ela. Mas, quanto mais sofisticadas são as máquinas… mais humanas elas se tornam. E tal como acontece com os homens, também para elas o amor e o ódio são apenas as duas faces de sua moeda afetiva. Proteus, mais homem do que máquina, mais deus do que homem, que ambicionará?
Eis o tema desse romance, já transformado em filme estrelado por Julie Christie, lançado no Brasil com o titulo “A Geração de Proteus”. Um romance que retrata, segundo a critica americana, “a gênese de um moderno mito sócio-sexual”.
Resenha
"A Semente do Diabo" é um dos livros que o autor Dean Koontz impede sua republicação, por ter sido escrito em uma fase dita por ele "imatura", no começo de sua carreira. De fato, "A Semente do Diabo" é um livro muito aquém de sua capacidade. No entanto, por vezes esbarramos em sua genialidade. No final das contas, é um livro regular. Não indicado a quem se inicia com o autor, e sim para quem já é fã e que pode diferenciar o Koontz em sua fase "imatura" do Koontz já consagrado.
A história é basicamente a seguinte: Susan Abransom, recém divorciada e com muitos traumas de infância, vive isolada em uma mansão, onde tudo é executado por um máquina em um sistema central e através de comandos dados por ela. Mas tudo começa a mudar quando um sistema "com sentimentos" se expande de uma universidade perto da casa dela e assume o controle de tudo, trancafiando Susan e fazendo experimentos com ela. O real sentido, na verdade, é fazê-la conceber um filho seu e assim transportar sua mente presa na máquina para a criança. Cabe a Susan tentar evitar que isso aconteça, o que não será fácil, já que a máquina passa a ter controle também sob sua mente.
Certamente, é uma história diferente e original até para os dias de hoje, ainda que a obra tenha sido lançada na década de 70. Com um início um pouco maçante, na metade da obra já se torna bem interessante.
Embora fraco de um modo geral, não chega ser desprezível. Há muitos livros ruins de autores consagrados que não foram tirados de circulação por isso. Koontz errou nessa questão. Apesar de não ser nada demais, é uma boa diversão para as tardes entediantes de domingo. Como é curto, em poucas horas dá pra terminar de ler e no dia seguinte nem lembrar que o leu. Vale testar. Ou, como diria a máquina: experimentar.