Sangue Fresco - Sasha Laurens

Sangue Fresco - Sasha Laurens

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Sinopse

Kat Finn e sua mãe são duas vampiras vivendo entre os humanos que precisam se esforçar para pagar as contas e comprar Hema, o sangue sintético caríssimo de que todos os vampiros necessitam para sobreviver, desde que a humanidade foi quase inteiramente infectada por um vírus fatal para os sugadores de sangue. A ideia de passar o resto de sua vida imortal nessas condições não é exatamente animadora, então quando recebe a oportunidade de estudar no Colégio Harcote, uma escola para a elite vampírica, Kat sabe que é a chance de mudar seu destino.Taylor Sanger cresceu em meio à nata do mundo vampírico, e está cansada de seu conservadorismo e métodos antiquados ― ainda mais no que diz respeito à sexualidade, já que ela não faz questão de esconder que gosta de garotas. Seu objetivo é apenas suportar os próximos dois anos, até se formar em Harcote e estar livre. No entanto, quando descobre que sua nova colega de quarto é Kat Finn, seu mundo vira de cabeça para baixo. Porque Taylor e Kat costumavam ser melhores amigas... mas isso não acabou nada bem.Quando Taylor tropeça no cadáver de um vampiro, e Kat faz uma descoberta chocante nos arquivos da escola, as duas percebem que há segredos profundos enterrados em Harcote ― segredos conectados às figuras mais poderosas do mundo vampírico e ao sangue sintético do qual todos eles dependem.

Resenha

to dando uma estrela por pena (linda ella caridosa) Vamo lá. Esperei esse livro há uns 5 meses, botei até alarme no celular e tudo. Não é como se não fosse me atrair. Digo, um romance lésbico de vampiras que ainda mais é dark academy? Claro que eu estaria batendo ponto assim que lançasse. Vocês não imaginam a minha decepção quando eu terminei de ler. A tristeza. A dor. O filho chorando e a mãe não vendo. O livro conta a história da comunidade dos vampiros - vampirdom - e as protagonistas, Kat e Taylor, são parte disso. Elas são Youngbloods, vampiros que nascem vampiros por serem filhos e tal. Uma pegada assim. Aí, as duas estudam na escola para Youngbloods, Harcote. Que tem como objetivo de fazer uma lavagem cerebral nessa nova geração e fazer eles pensarem no vampirismo antigo e se espelharem nele. É uma coisa bem clichê e já vista antes várias vezes, mas boa do mesmo jeito. O problema começa na execução e em como a autora colou esses plots todos. Desde o começo do livro tem uma construção sobre a doença que assola os vampiros e a corrida atrás de uma cura - e coisas suspeitas relacionadas a mãe da Kat. A autora puxou bem as ideias. Porém, quando as histórias começam a intercalar, é aí que o problema aparece. Não há um respeito ao desenrolar das coisas - vários capítulos desenvolvendo um acontecimento pra ele ser usado uma vez e logo depois esquecido como se nada tivesse acontecido. É irritante como a autora faz as coisas acontecerem só por fazer, não há propriamente uma história por a conexão entre tudo ser tão solta e frágil - que não fica algo tragável ou engolível. Os plot twists são fracos, você já sabe de todos 300 páginas antes deles acontecerem (o livro tem 400 páginas), e quando as coisas de fato acontecem, sempre é do jeito mais decepcionante e capenga possível. A única coisa interessante foi um negócio no meio do livro e ainda assim foi bem xoxo. Faltou tempero. A primeira protagonista, Kat, como irei falar de nossa amiga Kat. Ela me lembra terrivelmente daquelas feministas com o white saviour complex, e tem horas que chega a ser ridículo. O livro usa e abusa de pautas raciais/LGBTQIA+ só pra mostrar como a nossa mocinha é boa olha só como ela é boa. Ficou ridículo. Mais que ridículo. Não sei uma palavra. F1dido. Pronto tome uma. O desenvolvimento dela é uma dívida de jogo por si só, não tem um tato, um senso. Uma hora ela é cachorrinha dos vampirões, outra hora ela é revoltada. E ela fica alternando sem explicação nenhuma - e a babação de ovo dessa bixa com o Victor é estressante a níveis absurdos. Tirando a falta de QI dela pra ver o que tá na cara dela o livro inteiro - eu juro a vocês me estressou tanto porquê tava TUDO na cara delas o livro inteiro e as bixa nao pensaram em bater os neurônios pra ver se fazia a sinapse. Burra demais. Além disso, o arco da sexualidade dela foi péssimo pra dizer o mínimo. Que história é essa de que a gente já nasce sabendo - mirou no fecho e errou o lacre. Aí temos a pobi da Taylor. Essa aí sofreu mais que a Juliette - não tem desenvolvimento, não tem arco, perdeu tudo tá vivendo de aluguel. Ela e a Kat eram melhores amigas de infância mas a amizade delas acaba por um motivo x, e aí isso faz ela virar fria e calculista tal qual o Thomas Shelby, só que a motivação é tão FRACA e tola que fica cômico. E o jeito que resolvem esse problema é mais engraçado ainda. Aí tem a questão de ela ser a única pessoa queer naquela escola e o desenvolvimento em relação a isso é capenga falando a bons termos. Tenebroso. E quem diabo usa óculos dentro dos lugares mulher tome um rumo. Sobre o romance: elas nem tem cenas juntas e olha que eu amo uma migalha, mas não tem desenvolvimento, motivação, nada. Um dia acordam e resolvem f0d4-se vou me apaixonar por essa daqui. É ridículo por não ter uma explicação e ficar algo que nem teve tempo de construir a química direito. Ficou péssimo. E o livro foi promovido nisso né. Tem outras problemáticas terríveis em relação a descendência do Galen, que é retratado de forma péssima e desrespeitosa. Falando no Galen, ele é um dos principais, e tem mais desenvolvimento que uma poça de água porém menos que uma lata de ketchup. Ele tem um conflito, some e aparece com tudo resolvido. Na realidade, ele foi um plot device pra poder resolver as coisas que a autora tinha preguiça de fazer, péssimo. A Evangeline é a personagem que mais tem chão nesse livro (ela tem uma lajota de piso) e mesmo assim não faz sentido nenhum, inclusive do nada ela se apaixona e eu fiquei gente que isso? E ainda assim foi mais plausível que o casal principal. Vejam só. A Lucy só aparecia pra ser malvada e incitar drama quando não tinha, mas tem um total de 0 de arco desenvolvimento ou relevância. Nosso recorde é 0. Conclusão pois eu já estou cansada (já é minha segunda resenha nesse pedaço): o livro tem uma premissa boa, uma incapacidade de desenvolver plots e personagens, precisa apelar pra recursos ridículos e batidos; deixar personagens burros pro enredo não sair antes do planejado e claro - a conclusão de centavos que pareceu mais um daqueles filmes onde a amizade resolve tudo. Eu riria se não tivesse perdido dias nisso. Boa noite.