A Menina Quebrada - Eliane Brum

A Menina Quebrada - Eliane Brum

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Sinopse

Nas colunas da repórter Eliane Brum, a vida pode ser tudo, menos rasa. A cada segunda-feira, os leitores encontram um olhar surpreendente sobre o Brasil, sobre o mundo, sobre a vida – a de dentro e a de fora. Eliane pode escrever sobre a Amazônia profunda, como alguém que cobre a floresta desde os anos 90; ou pode provocar pais e filhos, com uma observação aguda das relações familiares marcadas pelo consumo; ou pode refletir sobre a ditadura da felicidade, que tanta infelicidade nos causa. O que não muda são a profundidade e a seriedade com que ela trata cada tema. O que não é surpresa é seu enorme talento para enxergar muito além do óbvio. Essa combinação rara transformou sua coluna de opinião em um fenômeno de audiência. Este livro reúne seus melhores textos e dá ao leitor uma fotografia do nosso tempo, visto pelo olhar de uma repórter que observa as ruas do mundo disposta a ver. E que escreve para desacomodar o olhar de quem a lê.

Resenha

Eliane Brum, a menina quebrada Parece complicado ser Eliane Brum. Não digo pelo fato de seus textos já terem lhe rendido uma dezena de prêmios desde o começo de sua carreira, quando era repórter do Zero Hora. Tampouco levo em conta sua história um tanto turbulenta quando, aos 15 anos, teve que lidar com uma gravidez e, consequentemente, estrear na maternidade antes mesmo de pensar em começar sua vida profissional. A impressão é que Eliane Brum parece ter uma fibra das mais densas. Como repórter, lida com a realidade dos outros, absorve os personagens com quem encontra e, a partir de um olhar de compressão e crítica, destila cenários, traduz emoções, encaixa palavras e borda um texto de maneira limpa, cujos nós e complicações só vão se fazer nas certezas que tínhamos até ler suas matérias. Como imergir neste mundo de riquezas centrais e pobrezas periféricas? Como entender jovens adultos e velhos infantis? De que forma analisar uma sociedade cada vez mais exigente e conquistadora e, ao mesmo tempo, tão mimada e melindrosa? Por isso é que não deve ser simples ser Eliane Brum. Vemos que por trás da solidez e competência de seu trabalho, existe um ser quebradiço. No seu mais recente livro, A Menina Quebrada, ela assume exatamente o quanto morre a cada matéria que escreve. Ou a cada matéria que escrevia. Isso porque este não se trata de uma série de reportagens, mas sim uma seleção de 64 crônicas das que ela publica no blog da Revista Época desde 2009.