Märchenmond - A Terra das Florestas Sombrias - Wolfgang
- Wolfgang
- 338 Páginas
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Sinopse
"Marchënmond - A Terra das Florestas Sombrias", primeiro volume de uma trilogia, leva-nos a um universo mítico onde Kim, um predestinado garoto de 12 anos, vai resgatar a irmã, cuja alma está aprisionada pelo mago Boraas, abrindo um quebra-cabeça de mistérios, antigas sagas nórdicas e aventuras.
Resenha
Imaginação solta, Identidade Visual presa: uma Salada Indigesta
Um livro de fantasia, antes de mais nada, e esse é o ponto forte. Imaginação é a palavra que define a dinâmica do livro. Isso, no entanto, foi também onde a coisa perdeu a pega a meu ver. Mas vou explicar melhor.
Temas onde é contando com a imaginação que uma criança tenta lidar com alguma realidade difícil não são novidade: A História Sem Fim, de Michael Ende; O Labirinto do Fauno, de Guilhermo Del Toro; e tantos outros. A questão aqui é que a fórmula antiga não funciona bem. A história começa num ritmo muito pesado, com uma vivência de realidade muito densa. Beira a depressão já nas primeiras páginas. E isso torna o que vem a seguir – que não vou contar aqui – disparatado demais e pouco envolvente.
Além disso, a imaginação do autor também entra em choque com a identidade visual do livro: ele inspira, pelo subtítulo e capa, algo medievo e cheio de magia. Já no início a coisa embarca numa estética para lá de George Lucas e bem distante de J. R. R. Tolkien. Pode até parecer meio bobo incluir na crítica desta resenha uma questão que tange à capa do livro – onde um castelo em ruínas aparece sobre uma elevação rochosa e é encoberto por névoa – mas a verdade é que cada capítulo do livro abre com a mesma figura. A mesma. Até o fim.
Um livro com capa e sinopse de roteiro de fantasia medieval, abertura deprê, quebra de clima futurista... bem, foi uma salada indigesta. E salada, meus caros, pode ser tudo: menos indigesta.