O Inventor - Miguel Bonnefoy
- Miguel Bonnefoy
- 126 Páginas
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Sinopse
Do mesmo autor do premiado Herança França, meados do século XIX. Esta é a incrível história de Augustin Mouchot. Filho de um serralheiro, esse obscuro professor de matemática se tornou o inventor da máquina movida a energia solar, graças à descoberta de um livro antigo na sua nova biblioteca. Sua invenção, que batizou de “Octave”, seduziu Napoleão III e recebeu a aprovação das autoridades e da imprensa, tendo sido exibida com sucesso na Exposição Universal em Paris, em 1878. Mas a Revolução Industrial, impulsionada pelo carvão, arruinou seus projetos, que eram considerados demasiado dispendiosos. Depois de muitos altos e baixos, em uma última cartada, Mouchot tenta reavivar o fogo da sua descoberta sob o escaldante sol argelino, não sem graves consequências pessoais. Com a vivacidade pulsante pela qual o conhecemos, Miguel Bonnefoy oferece nesta biografia o retrato deslumbrante de um gênio atormentado e esquecido. “Em O inventor , Bonnefoy oferece a biografia romanceada de um pesquisador visionário, afundado no anonimato, cuja intuição profética ele recria brilhantemente. Sem jamais renunciar ao seu gosto pelo conto, o autor oferece alguns desvios saborosos ao prolongar a trajetória de algumas figuras à margem do destino de Mouchot. E os seus leitores verão os laços espirituosos que tece com Herança, graças a uma mulher que joga com as aparências." Le Monde "Com uma escrita envolvente e pitoresca, Miguel Bonnefoy nos leva em uma viagem através do destino desse Dom Quixote da energia solar, retratando um homem solitário, obsessivo e patético que é atormentado por doenças, mas que, ao mesmo tempo, é exuberante na sua busca científica." Laurance Haut , France Info "A ficção encanta a realidade, o inventor é reinventado. Desfavorecido pela natureza, sem carisma e eloquência, cultivando a solidão, Augustin Mouchot, sob a pena de Bonnefoy , torna-se um magnífico herói através da sua única devoção à investigação, da sua feroz determinação em desafiar o sol para melhor domá-lo e fazer com que o astro-rei beneficie a humanidade. Quando a invenção do romance é tão bem colocada a serviço da ciência, faz brilhar a mente e o coração." Phillippe Chevilley , Les Échos " O inventor é um romance graciosamente escrito por um excelente estilista, para quem nada desse passado parece estranho." Caderno de Cultura , Le Point "É um texto a ser descoberto, pela generosidade da sua pedagogia, pelo talento de uma narrativa clara e pelos poucos desvios, como a história de um operário alcoólatra que acaba na América do Sul, a aparição quase mágica de uma mulher sobre a cama de Mouchot, os ganchos para os seus trabalhos anteriores, ou as passagens argelinas." Hocine Bouhadjera , Actualité
Resenha
Um visionário
Augustin Mouchot é um pesquisador que viveu no século XIX e buscou obsessivamente inovar com sua busca em dominar o que o sol poderia oferecer. Em uma época onde o carvão é a principal fonte de energia das fábricas, ele viu potencial na energia solar. Muitos o admiraram e outros o acharam ousado. Uma vida de altos e baixos é apresentada pela escrita de Bonnefoy. Nosso inventor era um homem sem grandes atrativos e com saúde frágil. Em sua infância ficava doente com tanta frequência que muitos não acreditavam que viveria até seus 87 anos.
O autor me ganhou com esse livro. Finalizei essa história com um misto de sentimentos e sabendo que li algo completamente diferenciado. Bonnefoy sabe nos envolver com suas palavras.
Se você quer conhecer a história desse visionário que praticamente foi esquecido pela história, você encontrou a obra certa.
"Apesar do estado lamentável das estradas, uma luz intensa inundava todo o campo com um véu dourado. Era como se, nos caminhos da França e no coração de Mouchot, o sol finalmente nascesse. Aquele homem que sempre temera a vida de conformidade e o cotidiano insípido de professor de matemática, que trocara a serralheria dos pais pela escola, a escola por Alençon, Alençon por Tours e Tours por Paris, aquele homem que não tinha predileção pelo exotismo, mas que sempre tivera sua busca solitária como motor, demonstrava com aquela viagem o reflexo de seu verdadeiro esplendor."