O Homem que Ri - Victor Hugo
- Victor Hugo
- 728 Páginas
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Sinopse
"Victor Hugo, um dos grandes da literatura, escreveu nove romances durante sua vida, sendo o primeiro aos 16 anos e o último, aos 72. Entre seus textos mais famosos estão Notre-Dame de Paris e Os Miseráveis, com seus personagens paradigmáticos: Quasímodo e Jean Valjean. Em O homem que ri temos outro personagem marcante de Victor Hugo: Gwynplaine, o homem cujo rosto carrega ao mesmo tempo as dimensões trágica e cômica da existência. Gwynplaine é submetido, ainda criança, a uma cirurgia que desfigura seu rosto, deixando nele uma cicatriz que denota um sorriso constante. Abandonado, ele encontra em seu caminho Dea, uma menina cega que acabara de perder a mãe, vítima do rigoroso inverno. As duas crianças cruzam o caminho de Ursus, um artista saltimbanco de coração generoso que decide abrigá-los. Juntos se tornam uma família e passam a apresentar-se em espetáculos populares para ganhar a vida, fato que acaba desencadeando uma série de conflitos e dramas. Como todo romance monumental de Victor Hugo, O homem que ri é composto de vários romances que o leitor pode descobrir, combinar como quiser e ler como bem entender."
Resenha
A voz dos excluídos
Gwynplaine, quando criança, foi abandonado pelos traficantes de crianças- os comprachicos.
Tendo o rosto deformado, transformado numa caricatura ambulante, ele vaga perdido e sozinho até encontrar abrigo e formar uma família peculiar.
Até a vida adulta, ele vive como saltimbanco, ganhando a vida fazendo as pessoas rirem de sua fealdade?
Até que seu passado emerge e ele tem que lidar com acontecimentos transformadores.
É através da história desse personagem que Victor Hugo faz críticas ferrenhas à monarquia, à aristocracia, à sociedade da época, fazendo da sua pena instrumento para se insurgir contra a desigualdade social, a pena de morte, os privilégios dos nobres, trazendo à tona temas tão relevantes para a reflexão: a exclusão social, o bullying, a extrema pobreza, a injustiça social, o preconceito, a condenação sem o devido processo legal.
É um livro riquíssimo e extremamente atual.
Foi uma experiência enriquecedora e emocionante.