Evangelho de Sangue - Clive Barker

Evangelho de Sangue Harry D?Amour era para ser um detetive comum, mas acabou indo para o lado dos casos sobrenaturais e se envolvendo com fantasmas, demônios, magia e seres malignos. Em um de seus casos ele encontra a Caixa de Lamentações que acaba interligando o detetive com o Pinhead, o Cenobita ou o Sacerdote do Inferno. E a partir daí começa a caçada de um ao outro. Ocorre também a interligação do mundo criado por Clive Barker, em seus outros livros, e o inferno bíblico. Narrado em terceira pessoa, o livro se inicia com Pinhead mostrando suas habilidades em matar, que são bem violentas e gráficas por sinal. As descrições disso são muito bem-feitas, além das descrições de locais e do que está acontecendo. Há todo um mundo criado pelo autor e um misticismo que interliga os acontecimentos envolvidos no livro. Porém, para mim, faltou motivação, Pinhead aparenta ser um vilão que mata, apenas por matar, ou talvez eu não tenha prestado atenção suficiente, pois esse foi um livro que abordou temas e cenários que não me interessaram, apesar de ter gostado do prólogo, mas após a inserção de D?Amour na história, deixou a desejar. Outro ponto a mencionar, é o fato dos personagens serem irrelevantes, é daquele tipo de livro que, ao meu ver, se eles existirem ou não, não iria mudar o destino da história, claro que muda o destino deles mesmos, mas o embate não se modificaria sem eles, como se eles fossem apenas espectadores, e não atuantes de forma significativa. Como a história e os personagens não me cativaram, não me importava com os seus destinos, apenas queria terminar essa leitura logo. Não senti nenhum terror, apenas tinha violência gráfica nas descrições o que não me impressionou, já que nem o esforço de imaginar as cenas eu fiz, já que não foi uma leitura muito boa, mas é questão de gosto mesmo. Destaque para as descrições que são bem-feitas e o universo criado. Foto e resenha no meu IG @marlonbsan, quem puder, segue lá...