Despertar - Sam Harris
- Sam Harris
- 282 Páginas
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Sinopse
Além de filósofo da moral e célebre ateísta, Sam Harris é um praticante entusiasmado de meditação, tendo viajado o mundo para estudar com diversos gurus. Neste livro, ele concilia os dois aspectos de sua vida e comprova como a meditação e a prática contemplativa não têm como pré-requisito qualquer tipo de crença “mística” ou “espiritual”; pelo contrário, para ele a meditação provaria que esses conceitos não existem. Harris se vale de seu próprio envolvimento com a prática e de aspectos da neurociência e da filosofia para provar seu argumento. Em suma, um olhar detido sobre como funciona a meditação e como ela pode aliviar o stress, aproximar as pessoas e nos ajudar em batalhas cotidianas. “Uma obra-prima extraordinária e ambiciosa (...) espetacular!” - Maria Popova, do site Brainpickings “Sam Harris está entre os meus céticos favoritos.” - Daniel Goleman, autor de Inteligência Emocional e Foco
Resenha
Meditação laica
Eu procuro sempre ler um livro de ficção e um não-ficcional ao mesmo tempo, e dessa vez escolhi mais um do Sam Harris, autor do bom "A Morte da Fé" [um alerta quanto aos perigos do fanatismo religioso]. "Despertar" chama a atenção pela proposta: espiritualidade sem religião.
Pra quem conhece o autor e sabe que ele é um ateu bastante ativista, pode estranhar o fato de ele ter escrito um livro sobre os benefícios da meditação. Na verdade, a biografia de Harris é recheada de muita busca espiritual, com longos retiros na Índia e tudo o mais. Despido dos aspectos míticos e metafísicos, pelo menos uma coisa sobra na vida de Harris: a convicção de que a meditação é fundamental para o bem-viver, não importa no que você acredite ou deixe de acreditar.
A mim, não acrescentou muito, mas considero um livro razoável. Não trouxe nada que eu já não soubesse ou praticasse, do meu jeito. Duvido que uma pessoa religiosa vá extrair algo de significativo do livro.
Posso estar enganado, mas acho que é um livro especialmente bom para quem não acredita em lances religiosos e metafísicos. Você não precisa acreditar em nada disso para se beneficiar de algumas práticas milenares que tornarão não apenas a sua vida melhor, mas também as suas relações com os outros.
A síntese que eu posso fazer é a seguinte: se os crentes se beneficiariam de um pouco mais de ceticismo em suas vidas, os descrentes se beneficiariam da prática da meditação. Não é preciso crer em deus ou deuses para meditar.