A Cidade que Queremos - Alvaro Ferreira
- Alvaro Ferreira
- 432 Páginas
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Sinopse
“Este é um livro sobre democracia escrito por um imperativo de consciência. Ele nasce de um desassossego profundo que o autor explicita, de forma simples e direta, na Introdução: a cidade que queremos é muito diferente da cidade em que vivemos. Por quê? E que fazer? Alvaro Ferreira conduz-nos ao longo dos vários capítulos através de uma constelação de referências, argumentos e exemplos, explicando-nos as suas motivações, o que está em causa, que caminhos construir. O livro é uma viagem guiada por sonhos e convicções, mas fundamentada em perspectivas teóricas e abordagens analíticas rigorosas, que tem como objetivo contribuir para um debate sobre a democracia enquanto aspiração (´a verdadeira democracia`) e como processo (´a radicalização da democracia`). O ponto de partida é, como se referiu, a recusa da cidade em que vivemos – a cidade capitalista da mercadoria e do espetáculo – e a necessidade de identificar a cidade que queremos. Que cidade é esta? Nas palavras do autor, é a cidade em que a produção do espaço se dá através da verdadeira democracia. Esta é a convergência essencial que estrutura toda a argumentação que irá ser desenvolvida: a luta pelo direito à cidade, pelo direito à produção do espaço, como horizonte utópico; a democracia como condição de realização do direito à produção do espaço. E quem é o sujeito do plural “queremos”? Essa é uma questão em aberto, que vai sendo desvelada ao longo das várias seções do livro. Da resposta fará parte o autor e todos os que com ele compartilham o essencial das ideias expostas. Mas não se trata apenas do recurso tático ao plural majestático, através do uso da primeira pessoa do plural em vez da primeira pessoa do singular, ou de uma estratégia que visa incluir subliminarmente um leque mais vasto de pessoas numa visão que é pessoal. O plural implícito na palavra “queremos” indicia uma vontade coletiva coerente com a perspectiva que o autor adota nas análises que efetua e nas propostas que sugere. (...)” Prof. João Ferrão- Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa.